quinta-feira, 20 de março de 2014

Terceirão - Revisão - Sujeito e Predicado

1. (Espcex (Aman) 2014)  Assinale o sujeito do verbo forjar, no período abaixo.

Chama atenção das pessoas atentas, cada vez mais, o quanto se forjam nos meios de comunicação modelos de comportamento ao sabor de modismos lançados pelas celebridades do momento.  
a) meios de comunicação   
b) modelos de comportamento   
c) modismos    
d) celebridades do momento    
e) pessoas atentas    
  
2. (Espcex (Aman) 2013)  Assinale a alternativa correta quanto à classificação do sujeito, respectivamente, para cada uma das orações abaixo.

— Choveu pedra por no mínimo 20 minutos.
— Vende-se este imóvel.
— Fazia um frio dos diabos naquele dia.  
a) indeterminado, inexistente, simples   
b) oculto, simples, inexistente   
c) inexistente, inexistente, inexistente   
d) oculto, inexistente, simples   
e) simples, simples, inexistente   

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
V – O samba

À direita do terreiro, adumbra-se* na escuridão um maciço de construções, ao qual às vezes recortam no azul do céu os trêmulos vislumbres das labaredas fustigadas pelo vento.
(...)
É aí o quartel ou quadrado da fazenda, nome que tem um grande pátio cercado de senzalas, às vezes com alpendrada corrida em volta, e um ou dois portões que o fecham como praça d’armas.
Em torno da fogueira, já esbarrondada pelo chão, que ela cobriu de brasido e cinzas, dançam os pretos o samba com um frenesi que toca o delírio. Não se descreve, nem se imagina esse desesperado saracoteio, no qual todo o corpo estremece, pula, sacode, gira, bamboleia, como se quisesse desgrudar-se.
Tudo salta, até os crioulinhos que esperneiam no cangote das mães, ou se enrolam nas saias das raparigas. Os mais taludos viram cambalhotas e pincham à guisa de sapos em roda do terreiro. Um desses corta jaca no espinhaço do pai, negro fornido, que não sabendo mais como desconjuntar-se, atirou consigo ao chão e começou de rabanar como um peixe em seco. (...)

José de Alencar, Til.

(*) “adumbra-se” = delineia-se, esboça-se.  


3. (Fuvest 2013)  Na composição do texto, foram usados, reiteradamente,

I. sujeitos pospostos;
II. termos que intensificam a ideia de movimento;
III. verbos no presente histórico.

Está correto o que se indica em
a) I, apenas.   
b) II, apenas.   
c) III, apenas.   
d) I e II, apenas.   
e) I, II e III.   

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
A questão a seguir refere-se ao fragmento de Capitães da Areia reproduzido abaixo.

O TRAPICHE

SOB A LUA, NUM VELHO TRAPICHE ABANDONADO, as crianças dormem.
Antigamente aqui era o mar. Nas grandes e negras pedras dos alicerces do trapiche as ondas ora se rebentavam fragorosas, ora vinham se bater mansamente. A água passava por baixo da ponte sob a qual muitas crianças repousam agora, iluminadas por uma réstia amarela de lua. Desta ponte saíram inúmeros veleiros carregados, alguns eram enormes e pintados de estranhas cores, para a aventura das travessias marítimas. Aqui vinham encher os porões e atracavam nesta ponte de tábuas, hoje comidas. Antigamente diante do trapiche se estendia o mistério do mar oceano, as noites diante dele eram de um verde escuro, quase negras, daquela cor misteriosa que é a cor do mar à noite.
Hoje a noite é alva em frente ao trapiche. É que na sua frente se estende agora o areal do cais do porto. Por baixo da ponte não há mais rumor de ondas. A areia invadiu tudo, fez o mar recuar de muitos metros. Aos poucos, lentamente, a areia foi conquistando a frente do trapiche. Não mais atracaram na sua ponte os veleiros que iam partir carregados. Não mais trabalharam ali os negros musculosos que vieram da escravatura. Não mais cantou na velha ponte uma canção um marinheiro nostálgico. A areia se estendeu muito alva em frente ao trapiche. E nunca mais encheram de fardos, de sacos, de caixões, o imenso casarão. Ficou abandonado em meio ao areal, mancha negra na brancura do cais.

AMADO, Jorge. Capitães da Areia. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. p. 25.


4. (Ufrn 2013)  Para fazer uma leitura proficiente do fragmento, é necessário que o leitor, entre outros procedimentos, recupere as relações sintático-semânticas ali estabelecidas.
Assim, os sujeitos dos quatro últimos períodos do fragmento, considerando-se a ordem de ocorrência, são:
a) um marinheiro nostálgico”, “a areia”, “os negros musculosos” e “o imenso casarão”.   
b) uma canção”, “a areia”, “os negros musculosos” e “um marinheiro nostálgico”.   
c) um marinheiro nostálgico”, “a areia”, “o imenso casarão”, “o imenso casarão”.   
d) “uma canção”, “a areia”, “o imenso casarão” e “um marinheiro nostálgico”.   

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Leia o seguinte trecho de uma receita de cozinha.

1. Misture a manteiga com a farinha peneirada e junte sal. Incorpore depois o ovo e a gema.
2. Adicione o leite, aos poucos, mexendo sempre até obter um preparado uniforme.
(...)
4. Vire a panqueca para que cozinhe de ambos os lados. Retire e recheie com uma fatia de queijo e outra de presunto. Enrole, dobre as pontas e sirva.


5. (G1 - ifsp 2013)  A primeira orientação para o preparo da receita de panqueca é apresentada em duas frases. É possível reescrevê-las em uma única frase, sem alterar a informação original, da seguinte maneira:
a) Assim que incorporar o ovo e a gema, misture a manteiga com a farinha peneirada e junte sal.   
b) Sucedendo a incorporação do ovo e da gema, misture a manteiga com a farinha peneirada e junte sal.   
c) Antes da incorporação do ovo e da gema, misture a manteiga com a farinha peneirada e junte sal.   
d) Depois de incorporar o ovo e a gema, misture a manteiga com a farinha peneirada e junte sal.   
e) Quando incorporar o ovo e a gema, misture a manteiga com a farinha peneirada e junte sal.   

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
De um jogador brasileiro a um técnico espanhol
João Cabral de Melo Neto

Não é a bola alguma carta
que se leva de casa em casa:

é antes telegrama que vai
de onde o atiram ao onde cai.

Parado, o brasileiro a faz
ir onde há-de, sem leva e traz;

com aritméticas de circo
ele a faz ir onde é preciso;

em telegrama, que é sem tempo
ele a faz ir ao mais extremo.

Não corre: ele sabe que a bola,
Telegrama, mais que corre voa.

(Disponível em: <http://www.revista.agulha.nom.br/futebol.html#jogador> Acesso em: 12 out. 2011.)


6. (G1 - ifpe 2012)  Quanto aos aspectos morfossintáticos do texto, assinale a alternativa correta.
a) O sujeito das duas primeiras estrofes é indeterminado, como se verifica pelos verbos “se leva” e “atiram”.   
b) O predicado em “Não é a bola alguma carta” e “é antes telegrama...” é verbal, pois os verbos indicam o estado da bola.   
c) O sujeito simples “brasileiro” da terceira estrofe é retomado nas demais estrofes pelo pronome “ele”.   
d) O predicado da oração “Ele a faz ir”, na quarta e quinta estrofes, é verbo-nominal, pois indica ação e descreve a bola.   
e) O substantivo “telegrama”, no último verso do poema, é um adjunto adnominal de “bola”.   

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
            Nos últimos três anos foram assassinadas mais de 140 mil pessoas no Brasil. Uma média de 47 mil pessoas por ano. Uma parcela expressiva destas mortes, que varia de região para região, é atribuída à ação da polícia, que se respalda na impunidade para continuar cometendo seus crimes. São 25 assassinatos ao ano por cada 100 mil pessoas, índice considerado de violência epidêmica, segundo organismos internacionais.
            Se os assassinatos com armas de fogo são uma face da violência vivida na nossa sociedade, ela não é a única. Logo atrás, em termos de letalidade, estão os acidentes fatais de trânsito, com cerca de 33 mil mortos em 2002 e 35 mil mortes por ano em 2004 e 2005. Isto, sem falar nos acidentados não fatais socorridos pelo Sistema Único de Saúde, que multiplicam muitas vezes os números aqui apresentados e representam um custo que o IPEA estima em R$ 5,3 bilhões para o ano de 2002.
            A lista da violência alonga-se incrivelmente. Sobre as mulheres, os negros, os índios, os gays, sobre os mendigos na rua, sobre os movimentos sociais etc. Uma discussão num botequim de periferia pode terminar em morte. A privação do emprego, do salário digno, da educação, da saúde, do transporte público, da moradia, da segurança alimentar, tudo isso pode ser compreendido, considerando que incide sobre direitos assegurados por nossa Constituição, como tantas outras formas de violência.

(Silvio Caccia Bava. Le Monde Diplomatique Brasil, agosto 2010. Adaptado.)


7. (Unifesp 2011)  No período Uma parcela expressiva destas mortes, que varia de região para região, é atribuída à ação da polícia, que se respalda na impunidade para continuar cometendo seus crimes, as palavras sublinhadas referem-se, respectivamente,
a) à palavra parcela e tem a função de sujeito; à palavra polícia e tem a função de sujeito.   
b) à palavra mortes e tem a função de sujeito; à palavra polícia e tem a função de sujeito.   
c) à palavra parcela e tem a função de objeto; à palavra polícia e tem a função de objeto.   
d) à palavra parcela e tem a função de objeto; à palavra ação e tem a função de sujeito.   
e) à palavra parcela e tem a função de sujeito; à palavra ação e tem a função de sujeito.   

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
O Outro Marido

14Era conferente da Alfândega – mas isso não tem importância. Somos todos alguma coisa fora de nós; o eu irredutível nada tem a ver com as classificações profissionais. Pouco importa que nos avaliem pela casca. 9Por dentro, sentia-se diferente, capaz de mudar sempre, enquanto a situação exterior e familiar não mudava. Nisso está o espinho do homem: ele muda, os outros não percebem.
Sua mulher não tinha percebido. Era a mesma de há 23 anos, quando se casaram (quanto ao íntimo, é claro). 3Por falta de filhos, os dois viveram demasiado perto um do outro, sem derivativo. Tão perto que se desconheciam mutuamente, como um objeto desconhece outro, na mesma prateleira de armário. 10Santos doía-se de ser um objeto aos olhos de Dona Laurinha. Se ela também era um objeto aos olhos dele? Sim, mas com a diferença de que Dona Laurinha não procurava fugir a essa simplificação, nem reparava; era de fato, objeto. Ele, Santos, sentia-se vivo e desagradado.
1Ao aparecerem nele as primeiras dores, Dona Laurinha penalizou-se, mas esse interesse não beneficiou as relações do casal. Santos parecia 6comprazer-se em estar doente. 11Não propriamente em queixar-se, mas em alegar que ia mal. A doença era para ele ocupação, emprego suplementar. O médico da Alfândega dissera-lhe que certas formas reumáticas levam anos para ser dominadas, exigem adaptação e disciplina. Santos começou a cuidar do corpo como de uma planta delicada. E mostrou a Dona Laurinha a nevoenta radiografia da coluna vertebral com certo orgulho de estar assim tão afetado.
– Quando você ficar bom...
– Não vou ficar. Tenho doença para o resto da vida.
Para Dona Laurinha, a melhor maneira de curar-se é tomar remédio e entregar o caso à alma de Padre Eustáquio, que vela por nós. 2Começou a fatigar-se com a importância que o reumatismo assumira na vida do marido. E não se amolou muito 12quando ele anunciou que ia internar-se no hospital Gaffré e Guinle.
– Você não sentirá falta de nada – assegurou-lhe Santos. – Tirei licença com ordenado integral. Eu mesmo virei aqui todo começo de mês trazer o dinheiro. Hospital não é prisão.
– Vou visitar você todo domingo, quer?
– É melhor não ir. Eu descanso, você descansa, cada qual no seu canto.
Ela também achou melhor, e nunca foi lá. Pontualmente, Santos trazia-lhe o dinheiro da despesa, ficaram até um pouco amigos nessa breve conversa a longos intervalos. 4Ele chegava e saía curvado, sob a garra do reumatismo que nem melhorava nem matava. A visita não era de todo desagradável, desde que a doença deixara de ser assunto. Ela notou como a vida de hospital pode ser distraída: os internados sabem de tudo cá de fora.
– Pelo rádio – explicou Santos.
Um dia, ela se sentiu tão nova, apesar do tempo e das separações fundamentais, que imaginou uma alteração: por que ele não ficava até o dia seguinte, só essa vez?
5É tarde – respondeu Santos. E ela não entendeu se ele se referia à hora ou a toda a vida passada sem compreensão. É certo que vagamente o compreendia agora, e recebia dele mais que a mesada: uma hora de companhia por mês.
Santos veio um ano, dois, cinco. Certo dia não veio. 13Dona Laurinha preocupou-se. Não só lhe faziam falta os cruzeiros; ele também fazia. Tomou o ônibus, foi ao hospital pela primeira vez, em alvoroço. Lá ele não era conhecido. Na Alfândega informaram-lhe que Santos falecera havia quinze dias, a senhora quer o endereço da viúva?
– Sou eu a viúva – disse Dona Laurinha, espantada.
O informante olhou-a com incredulidade. Conhecia muito bem a viúva do Santos, Dona Crisália, fizera bons piqueniques com o casal na Ilha do Governador. Santos fora seu parceiro de bilhar e de pescaria. Grande praça. Ele era padrinho do filho mais velho de Santos. Deixara três órfãos, coitado.
E tirou da carteira uma foto, um grupo de praia. Lá estavam Santos, muito lépido, sorrindo, a outra mulher, os três garotos. Não havia dúvida: era ele mesmo, seu marido. Contudo, 7a outra
realidade de Santos era tão destacada da sua, que o tornava outro homem, completamente desconhecido, irreconhecível.
– Desculpe, foi engano. 8A pessoa a que me refiro não é esta – disse Dona Laurinha, despedindo- se.

 (Carlos Drummond de Andrade)


8. (Espcex (Aman) 2011)  No trecho, “– É tarde – respondeu Santos.” (ref.5), o sujeito do verbo sublinhado é
a) indeterminado.   
b) indefinido.   
c) inexistente.   
d) oculto.   
e) simples.   
 
Gabarito:  

Resposta da questão 1:
 [B]

A frase não está na ordem direta; reorganizando-a, temos:
“O quanto modelos de comportamento se forjam nos meios de comunicação ao sabor de modismos lançados pelas celebridades do momento chama atenção das pessoas atentas, cada vez mais”.
Assim, fica evidente que o sujeito do verbo forjar é “modelos de comportamento”.  

Resposta da questão 2:
 [E]

Na primeira oração, existe sujeito simples (“pedra”), pois o verbo “chover” usado em sentido figurado deixa de ser impessoal e passa a ser pessoal. Na segunda, a construção da oração na voz passiva sintética apresenta sujeito simples (“este imóvel”). Na terceira, o verbo “fazer” é usado com o sentido de tempo, portanto impessoal, constituindo oração com sujeito inexistente.   

Resposta da questão 3:
 [E]

Todos os itens são corretos, pois

I. existe construção de sentenças em que o sujeito é colocado após o verbo para valorizar algum termo em detrimento de outro, como em “adumbra-se na escuridão um maciço de construções” e “dançam os pretos o samba”, entre outros;
II. expressões como “frenesi que toca o delírio”, “desesperado saracoteio”, “o corpo estremece, pula, sacode, gira, bamboleia” intensificam a ideia de movimento;
III. predominam, no texto, os verbos no presente histórico, recurso empregado para sugerir a atualidade dos fatos narrados e, dessa forma, causar mais impacto.  

Resposta da questão 4:
 [A]

Quatro últimos períodos do texto:
1. “Não mais cantou na velha ponte uma canção um marinheiro nostálgico.” (Sujeito determinado simples: “um marinheiro nostálgico”.)
2. “A areia se estendeu muito alva em frente ao trapiche.” (Sujeito determinado simples: “a areia”.)
3. “E nunca mais encheram de fardos, de sacos, de caixões, o imenso casarão.” (O sujeito está oculto, trata-se do sujeito do período: “Não mais trabalharam ali os negros musculosos que vieram da escravatura”.)
4. “Ficou abandonado em meio ao areal, mancha negra na brancura do cais.” (O sujeito está oculto e se encontra no período anterior: “E nunca mais encheram de fardos, de sacos, de caixões, o imenso casarão”.)  

Resposta da questão 5:
 [C]

É correta a opção [C], pois o ovo e a gema devem ser adicionados à mistura prévia de farinha peneirada, manteiga e sal.  

Resposta da questão 6:
 [C]

Apenas é correto o que se afirma em [C], pois as demais apresentam as seguintes incorreções:

Em [A] o sujeito da oração subordinada adjetiva “que se leva de casa em casa” é o pronome relativo “que”, relacionado ao antecedente “carta”, por isso, simples;
Em [B] os predicados das frases mencionadas são ambos nominais, pois apresentam como núcleo um predicativo do sujeito (: “alguma carta” e “telegrama”, respectivamente) e verbo de ligação (“é”);
Em [D] o predicado da oração “Ele a faz rir” é verbal, pois apresenta como núcleo um verbo nocional, isto é, verbo que indica ação;
Em [E] o substantivo “telegrama” exerce a função de aposto.  

Resposta da questão 7:
 [A]

Em ambos os casos, o pronome relativo “que” desempenha a função de sujeito. Na oração “que varia de região para região”, refere-se ao antecedente “parcela” e em “que se respalda na impunidade para continuar cometendo seus crimes”, ao termo “polícia”.  

Resposta da questão 8:
 [C]

Há verbos que não possuem sujeito (sujeito inexistente) como acontece em “É tarde”, com o verbo ser indicando tempo.  


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