1.
(Espcex (Aman) 2014) Assinale
o sujeito do verbo forjar, no período abaixo.
Chama atenção das pessoas atentas, cada vez mais, o
quanto se forjam nos meios de comunicação modelos de comportamento ao sabor de
modismos lançados pelas celebridades do momento.
a) meios de comunicação
b) modelos de comportamento
c) modismos
d) celebridades do momento
e) pessoas atentas
2.
(Espcex (Aman) 2013) Assinale a alternativa
correta quanto à classificação do sujeito, respectivamente, para cada uma das
orações abaixo.
— Choveu pedra por no mínimo 20 minutos.
— Vende-se este imóvel.
— Fazia um frio dos diabos naquele dia.
a) indeterminado, inexistente,
simples
b) oculto, simples,
inexistente
c) inexistente, inexistente,
inexistente
d) oculto, inexistente,
simples
e) simples, simples,
inexistente
TEXTO PARA A
PRÓXIMA QUESTÃO:
V – O samba
À direita do
terreiro, adumbra-se* na escuridão um maciço de construções, ao qual às vezes
recortam no azul do céu os trêmulos vislumbres das labaredas fustigadas pelo
vento.
(...)
É aí o quartel ou
quadrado da fazenda, nome que tem um grande pátio cercado de senzalas, às vezes
com alpendrada corrida em volta, e um ou dois portões que o fecham como praça
d’armas.
Em torno da
fogueira, já esbarrondada pelo chão, que ela cobriu de brasido e cinzas, dançam
os pretos o samba com um frenesi que toca o delírio. Não se descreve, nem se
imagina esse desesperado saracoteio, no qual todo o corpo estremece, pula,
sacode, gira, bamboleia, como se quisesse desgrudar-se.
Tudo salta, até
os crioulinhos que esperneiam no cangote das mães, ou se enrolam nas saias das
raparigas. Os mais taludos viram cambalhotas e pincham à guisa de sapos em roda
do terreiro. Um desses corta jaca no espinhaço do pai, negro fornido, que não
sabendo mais como desconjuntar-se, atirou consigo ao chão e começou de rabanar
como um peixe em seco. (...)
José de
Alencar, Til.
(*) “adumbra-se” =
delineia-se, esboça-se.
3.
(Fuvest 2013) Na composição do texto,
foram usados, reiteradamente,
I. sujeitos pospostos;
II. termos que intensificam a ideia de
movimento;
III. verbos no presente histórico.
Está correto o que se indica em
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) I e II, apenas.
e) I, II e III.
TEXTO PARA A
PRÓXIMA QUESTÃO:
A questão a seguir refere-se ao fragmento de Capitães
da Areia reproduzido abaixo.
O TRAPICHE
SOB A LUA, NUM VELHO TRAPICHE ABANDONADO, as crianças dormem.
Antigamente aqui era o mar. Nas grandes e negras pedras dos alicerces do
trapiche as ondas ora se rebentavam fragorosas, ora vinham se bater mansamente.
A água passava por baixo da ponte sob a qual muitas crianças repousam agora,
iluminadas por uma réstia amarela de lua. Desta ponte saíram inúmeros veleiros
carregados, alguns eram enormes e pintados de estranhas cores, para a aventura
das travessias marítimas. Aqui vinham encher os porões e atracavam nesta ponte
de tábuas, hoje comidas. Antigamente diante do trapiche se estendia o mistério
do mar oceano, as noites diante dele eram de um verde escuro, quase negras,
daquela cor misteriosa que é a cor do mar à noite.
Hoje a noite é alva em frente ao trapiche. É que na sua frente se
estende agora o areal do cais do porto. Por baixo da ponte não há mais rumor de
ondas. A areia invadiu tudo, fez o mar recuar de muitos metros. Aos poucos,
lentamente, a areia foi conquistando a frente do trapiche. Não mais atracaram
na sua ponte os veleiros que iam partir carregados. Não mais trabalharam ali os
negros musculosos que vieram da escravatura. Não mais cantou na velha ponte uma
canção um marinheiro nostálgico. A areia se estendeu muito alva em frente ao
trapiche. E nunca mais encheram de fardos, de sacos, de caixões, o imenso
casarão. Ficou abandonado em meio ao areal, mancha negra na brancura do cais.
AMADO, Jorge. Capitães da Areia. São Paulo:
Companhia das Letras, 2009. p. 25.
4. (Ufrn 2013) Para fazer uma leitura proficiente do
fragmento, é necessário que o leitor, entre outros procedimentos, recupere as
relações sintático-semânticas ali estabelecidas.
Assim, os sujeitos dos quatro últimos períodos do fragmento,
considerando-se a ordem de ocorrência, são:
a) “um marinheiro nostálgico”, “a areia”, “os negros musculosos” e “o imenso
casarão”.
b) “uma canção”, “a areia”, “os negros musculosos” e “um marinheiro
nostálgico”.
c) “um marinheiro nostálgico”, “a areia”, “o imenso casarão”, “o imenso
casarão”.
d) “uma canção”, “a areia”, “o
imenso casarão” e “um marinheiro nostálgico”.
TEXTO PARA A
PRÓXIMA QUESTÃO:
Leia o seguinte trecho de
uma receita de cozinha.
1. Misture a
manteiga com a farinha peneirada e junte sal. Incorpore depois o ovo e a gema.
2. Adicione o
leite, aos poucos, mexendo sempre até obter um preparado uniforme.
(...)
4. Vire a
panqueca para que cozinhe de ambos os lados. Retire e recheie com uma fatia de
queijo e outra de presunto. Enrole, dobre as pontas e sirva.
5.
(G1 - ifsp 2013) A primeira orientação para
o preparo da receita de panqueca é apresentada em duas frases. É possível
reescrevê-las em uma única frase, sem alterar a informação original, da
seguinte maneira:
a) Assim que incorporar o ovo
e a gema, misture a manteiga com a farinha peneirada e junte sal.
b) Sucedendo a incorporação do
ovo e da gema, misture a manteiga com a farinha peneirada e junte sal.
c) Antes da incorporação do
ovo e da gema, misture a manteiga com a farinha peneirada e junte sal.
d) Depois de incorporar o ovo
e a gema, misture a manteiga com a farinha peneirada e junte sal.
e) Quando incorporar o ovo e a
gema, misture a manteiga com a farinha peneirada e junte sal.
TEXTO PARA A
PRÓXIMA QUESTÃO:
De um jogador brasileiro a um técnico espanhol
João Cabral de Melo Neto
Não é a bola alguma carta
que se leva de casa em casa:
é antes telegrama que vai
de onde o atiram ao onde cai.
Parado, o brasileiro a faz
ir onde há-de, sem leva e traz;
com aritméticas de circo
ele a faz ir onde é preciso;
em telegrama, que é sem tempo
ele a faz ir ao mais extremo.
Não corre: ele sabe que a bola,
Telegrama, mais que corre voa.
(Disponível em:
<http://www.revista.agulha.nom.br/futebol.html#jogador> Acesso em: 12
out. 2011.)
6.
(G1 - ifpe 2012) Quanto aos aspectos
morfossintáticos do texto, assinale a alternativa correta.
a) O sujeito das duas
primeiras estrofes é indeterminado, como se verifica pelos verbos “se leva” e
“atiram”.
b) O predicado em “Não é a
bola alguma carta” e “é antes telegrama...” é verbal, pois os verbos indicam o
estado da bola.
c) O sujeito simples
“brasileiro” da terceira estrofe é retomado nas demais estrofes pelo pronome
“ele”.
d) O predicado da oração “Ele
a faz ir”, na quarta e quinta estrofes, é verbo-nominal, pois indica ação e
descreve a bola.
e) O substantivo “telegrama”,
no último verso do poema, é um adjunto adnominal de “bola”.
TEXTO PARA A
PRÓXIMA QUESTÃO:
Nos últimos três anos foram
assassinadas mais de 140 mil pessoas no Brasil. Uma média de 47 mil pessoas por
ano. Uma parcela expressiva destas mortes, que varia de região para região, é
atribuída à ação da polícia, que se respalda na impunidade para continuar
cometendo seus crimes. São 25 assassinatos ao ano por cada 100 mil pessoas,
índice considerado de violência epidêmica, segundo organismos internacionais.
Se os assassinatos com armas de fogo
são uma face da violência vivida na nossa sociedade, ela não é a única. Logo
atrás, em termos de letalidade, estão os acidentes fatais de trânsito, com
cerca de 33 mil mortos em 2002 e 35 mil mortes por ano em 2004 e 2005. Isto,
sem falar nos acidentados não fatais socorridos pelo Sistema Único de Saúde,
que multiplicam muitas vezes os números aqui apresentados e representam um
custo que o IPEA estima em R$ 5,3 bilhões para o ano de 2002.
A lista da violência alonga-se
incrivelmente. Sobre as mulheres, os negros, os índios, os gays, sobre os mendigos na rua, sobre os movimentos sociais etc. Uma
discussão num botequim de periferia pode terminar em morte. A privação do
emprego, do salário digno, da educação, da saúde, do transporte público, da
moradia, da segurança alimentar, tudo isso pode ser compreendido, considerando
que incide sobre direitos assegurados por nossa Constituição, como tantas
outras formas de violência.
(Silvio Caccia Bava. Le Monde Diplomatique Brasil, agosto 2010.
Adaptado.)
7.
(Unifesp 2011) No período Uma parcela
expressiva destas mortes, que varia de região para região, é atribuída à
ação da polícia, que se respalda na impunidade para continuar cometendo
seus crimes, as palavras sublinhadas referem-se, respectivamente,
a) à palavra parcela e
tem a função de sujeito; à palavra polícia e tem a função de sujeito.
b) à palavra mortes e
tem a função de sujeito; à palavra polícia e tem a função de sujeito.
c) à palavra parcela e
tem a função de objeto; à palavra polícia e tem a função de objeto.
d) à palavra parcela e
tem a função de objeto; à palavra ação e tem a função de sujeito.
e) à palavra parcela e
tem a função de sujeito; à palavra ação e tem a função de sujeito.
TEXTO PARA A
PRÓXIMA QUESTÃO:
O Outro Marido
14Era conferente da Alfândega
– mas isso não tem importância. Somos todos alguma coisa fora de nós; o eu
irredutível nada tem a ver com as classificações profissionais. Pouco importa
que nos avaliem pela casca. 9Por dentro, sentia-se diferente, capaz
de mudar sempre, enquanto a situação exterior e familiar não mudava. Nisso está
o espinho do homem: ele muda, os outros não percebem.
Sua mulher não tinha
percebido. Era a mesma de há 23 anos, quando se casaram (quanto ao íntimo, é
claro). 3Por falta de filhos, os dois viveram demasiado perto um do
outro, sem derivativo. Tão perto que se desconheciam mutuamente, como um objeto
desconhece outro, na mesma prateleira de armário. 10Santos doía-se
de ser um objeto aos olhos de Dona Laurinha. Se ela também era um objeto aos
olhos dele? Sim, mas com a diferença de que Dona Laurinha não procurava fugir a
essa simplificação, nem reparava; era de fato, objeto. Ele, Santos, sentia-se
vivo e desagradado.
1Ao aparecerem nele as
primeiras dores, Dona Laurinha penalizou-se, mas esse interesse não beneficiou
as relações do casal. Santos parecia 6comprazer-se em estar doente.
11Não propriamente em queixar-se, mas em alegar que ia mal. A doença era
para ele ocupação, emprego suplementar. O médico da Alfândega dissera-lhe que
certas formas reumáticas levam anos para ser dominadas, exigem adaptação e
disciplina. Santos começou a cuidar do corpo como de uma planta delicada. E
mostrou a Dona Laurinha a nevoenta radiografia da coluna vertebral com certo
orgulho de estar assim tão afetado.
– Quando você ficar bom...
– Não vou ficar. Tenho
doença para o resto da vida.
Para Dona Laurinha, a
melhor maneira de curar-se é tomar remédio e entregar o caso à alma de Padre
Eustáquio, que vela por nós. 2Começou a fatigar-se com a importância
que o reumatismo assumira na vida do marido. E não se amolou muito 12quando
ele anunciou que ia internar-se no hospital Gaffré e Guinle.
– Você não sentirá falta de
nada – assegurou-lhe Santos. – Tirei licença com ordenado integral. Eu mesmo
virei aqui todo começo de mês trazer o dinheiro. Hospital não é prisão.
– Vou visitar você todo
domingo, quer?
– É melhor não ir. Eu
descanso, você descansa, cada qual no seu canto.
Ela também achou melhor, e
nunca foi lá. Pontualmente, Santos trazia-lhe o dinheiro da despesa, ficaram
até um pouco amigos nessa breve conversa a longos intervalos. 4Ele
chegava e saía curvado, sob a garra do reumatismo que nem melhorava nem matava.
A visita não era de todo desagradável, desde que a doença deixara de ser
assunto. Ela notou como a vida de hospital pode ser distraída: os internados
sabem de tudo cá de fora.
– Pelo rádio – explicou
Santos.
Um dia, ela se sentiu tão
nova, apesar do tempo e das separações fundamentais, que imaginou uma
alteração: por que ele não ficava até o dia seguinte, só essa vez?
– 5É tarde – respondeu
Santos. E ela não entendeu se ele se referia à hora ou a toda a vida passada
sem compreensão. É certo que vagamente o compreendia agora, e recebia dele mais
que a mesada: uma hora de companhia por mês.
Santos veio um ano, dois,
cinco. Certo dia não veio. 13Dona Laurinha preocupou-se. Não só lhe
faziam falta os cruzeiros; ele também fazia. Tomou o ônibus, foi ao hospital
pela primeira vez, em alvoroço. Lá ele não era conhecido. Na Alfândega
informaram-lhe que Santos falecera havia quinze dias, a senhora quer o endereço
da viúva?
– Sou eu a viúva – disse
Dona Laurinha, espantada.
O informante olhou-a com
incredulidade. Conhecia muito bem a viúva do Santos, Dona Crisália, fizera bons
piqueniques com o casal na Ilha do Governador. Santos fora seu parceiro de
bilhar e de pescaria. Grande praça. Ele era padrinho do filho mais velho de
Santos. Deixara três órfãos, coitado.
E tirou da carteira uma
foto, um grupo de praia. Lá estavam Santos, muito lépido, sorrindo, a outra
mulher, os três garotos. Não havia dúvida: era ele mesmo, seu marido. Contudo, 7a
outra
realidade de Santos era tão destacada da
sua, que o tornava outro homem, completamente desconhecido, irreconhecível.
– Desculpe, foi engano. 8A
pessoa a que me refiro não é esta – disse Dona Laurinha, despedindo- se.
(Carlos Drummond de Andrade)
8. (Espcex (Aman) 2011) No trecho, “– É
tarde – respondeu Santos.” (ref.5), o sujeito do verbo sublinhado é
a) indeterminado.
b) indefinido.
c) inexistente.
d) oculto.
e) simples.
Gabarito:
Resposta da questão 1:
[B]
[B]
A frase não
está na ordem direta; reorganizando-a, temos:
“O quanto modelos de
comportamento se forjam nos meios de comunicação ao sabor de modismos lançados
pelas celebridades do momento chama atenção das pessoas atentas, cada vez
mais”.
Assim, fica evidente que o sujeito do verbo forjar é “modelos de
comportamento”.
Resposta da questão 2:
[E]
[E]
Na primeira
oração, existe sujeito simples (“pedra”), pois o verbo “chover” usado em
sentido figurado deixa de ser impessoal e passa a ser pessoal. Na segunda, a
construção da oração na voz passiva sintética apresenta sujeito simples (“este
imóvel”). Na terceira, o verbo “fazer” é usado com o sentido de tempo, portanto
impessoal, constituindo oração com sujeito inexistente.
Resposta da questão 3:
[E]
[E]
Todos os itens são corretos, pois
I. existe construção de sentenças em que o sujeito
é colocado após o verbo para valorizar algum termo em detrimento de outro, como
em “adumbra-se na escuridão um maciço de construções” e “dançam os pretos o
samba”, entre outros;
II. expressões como “frenesi que toca o
delírio”, “desesperado saracoteio”, “o corpo estremece, pula, sacode, gira,
bamboleia” intensificam a ideia de movimento;
III.
predominam, no texto, os verbos no presente histórico, recurso empregado para
sugerir a atualidade dos fatos narrados e, dessa forma, causar mais impacto.
Resposta da questão 4:
[A]
[A]
Quatro últimos períodos do
texto:
1.
“Não mais cantou na velha ponte uma canção um marinheiro nostálgico.”
(Sujeito determinado simples: “um marinheiro nostálgico”.)
2.
“A areia se estendeu muito alva em frente ao trapiche.” (Sujeito
determinado simples: “a areia”.)
3.
“E nunca mais encheram de fardos, de sacos, de caixões, o imenso
casarão.” (O sujeito está oculto, trata-se do sujeito do período: “Não mais
trabalharam ali os negros musculosos que vieram da escravatura”.)
4.
“Ficou abandonado em meio ao areal, mancha negra na brancura do cais.”
(O sujeito está oculto e se encontra no período anterior: “E nunca mais encheram
de fardos, de sacos, de caixões, o imenso casarão”.)
Resposta da questão 5:
[C]
[C]
É correta a
opção [C], pois o ovo e a gema devem ser adicionados à mistura prévia de
farinha peneirada, manteiga e sal.
Resposta da questão 6:
[C]
[C]
Apenas é correto o que se
afirma em [C], pois as demais apresentam as seguintes incorreções:
Em [A] o sujeito da oração
subordinada adjetiva “que se leva de casa
em casa” é o pronome relativo “que”, relacionado ao antecedente “carta”,
por isso, simples;
Em [B] os predicados das
frases mencionadas são ambos nominais, pois apresentam como núcleo um
predicativo do sujeito (: “alguma carta” e “telegrama”, respectivamente) e
verbo de ligação (“é”);
Em [D] o predicado da
oração “Ele a faz rir” é verbal, pois apresenta como núcleo um verbo nocional,
isto é, verbo que indica ação;
Em [E] o
substantivo “telegrama” exerce a função de aposto.
Resposta da questão 7:
[A]
[A]
Em ambos os
casos, o pronome relativo “que” desempenha a função de sujeito. Na oração “que
varia de região para região”, refere-se ao antecedente “parcela” e em “que se
respalda na impunidade para continuar cometendo seus crimes”, ao termo
“polícia”.
Resposta da questão 8:
[C]
[C]
Há verbos que não possuem sujeito (sujeito inexistente) como acontece em
“É tarde”, com o verbo ser
indicando tempo.