sábado, 25 de outubro de 2014

Tema 3 - ENEM

Texto I

Cerca de 550 mil pessoas estão presas no Brasil, mas o sistema prisional brasileiro foi projetado para abrigar um pouco mais de 300 mil detentos. O resultado deste déficit é a superlotação, que vem acompanhada de maus-tratos, doenças, motins, rebeliões e mortes. De acordo com dados do Sistema Integrado de Informações Penitenciárias do Ministéria da Justiça, o país tem hoje a quarta maior população carcerária do mundo e está atrás apenas dos Estados Unidos, da China e da Rússia. Nos últimos vinte anos, o número de presos cresceu 251%. - www2.camara.leg.br, 09/04/13

Texto II

As cenas de horror no Maranhão conseguiram, mais do que expor a barbárie no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, trazer à luz as mazelas de um sistema sufocado por sua própria política de encarceramento em massa. Dono da quarta maior população carcerária do mundo, o Brasil prende, em termos relativos, 7,3 vezes mais que a média mundial. Enquanto o total de presos cresceu cerca de 30% nos últimos 15 anos em todo o mundo, segundo estudo do Centro Internacional de Estudos Penitenciários (ICPS, na sigla em inglês) da Universidade de Essex (Reino Unido), no Brasil a taxa foi de 221,2% – passando de um total de 170,6 mil presos em 1997 para 548 mil em 2012, de acordo com o Ministério da Justiça.
Com 513.713 presos no sistema prisional e 34.290 em instalações policiais, o Brasil tem hoje 1.478 instituições prisionais com capacidade para comportar 318.739 presos. O déficit de cerca de 230 mil vagas demonstra o sufocamento de um sistema que opera muito acima do que sua estrutura comporta. Segundo números compilados pelo ICPS, o Brasil atingiu um nível de ocupação de 171,9% de suas prisões.
Dos quatro países com maior população carcerária do mundo (os outros são Estados Unidos, China e Rússia), o Brasil é o único cujo sistema carcerário está muito acima da sua capacidade. O País aparece em sétimo na lista de sistemas prisionais com supertaxa de ocupação, perdendo apenas para Haiti, Filipinas, Venezuela, Quênia, Irã e Paquistão. Apesar de representarem as três maiores populações carcerárias do mundo, EUA, China e Rússia operam dentro de sua capacidade prisional.
Para Vinícius Lapetina, advogado criminalista e coordenador do Projeto Educação para Cidadania no Cárcere do Instituto de Defesa do Direito de Defesa, três pontos principais contribuem para o quadro degradante no Brasil. O primeiro é a política de encarceramento adotada como solução das mazelas sociais. “Hoje tudo é crime e a prisão é o maior - e mais falso - símbolo de que a ‘Justiça’ está sendo feita”, observa Lapetina, ao ressaltar que o cárcere como caráter punitivo e correcional deveria ser uma medida de exceção, quando é regra. Um segundo ponto diz respeito à falta de investimentos do Estado na melhoria e construção de estabelecimentos prisionais. De modo geral, ressalta o advogado, os estados brasileiros assistiram ao crescimento da população carcerária e não ofereceram vagas aos novos ingressos do sistema nos últimos anos.
Soma-se a isso problemas no campo do Poder Judiciário, mais especificamente no processo de execução penal, que falha no cumprimento da pena. Resultado: os presos acabam não sendo soltos quando deveriam e contribuem para a superlotação dos presídios. “Falta planejamento administrativo. Se o Brasil adotou políticas de encarceramento em massa, ao menos deveria ter se preparado para as consequências”, avalia Lapetina. - "em 15 anos, Brasil prendeu 7 vezes mais que  média", cartacapital.com.br, 16/01/2014

Com base nos textos lidos, elabore uma dissertação que discuta a situação do sistema prisional em nosso país, elencando propostas que funcionem como alternativas viáveis para a solução do problema, respeitando, sempre, os direitos humanos.


terça-feira, 21 de outubro de 2014

Tema 2 - ENEM


Leia os textos abaixo, eles servirão como base para sua proposta de redação:

Texto I

“Pelo Direito de Manifestação, Pelo Direito de Ir e Vir
À população do Brasil
Nos tempos recentes, há um claro conflito entre o legítimo direito de expressão de opiniões, reivindicações, de manifestar apoio ou repúdio ao que quer que seja e o não menos importante direito de ir e vir.
Raro o dia em que não se veem nos meios de comunicação notícias sobre as vidas de milhões de pessoas transtornadas por conta de manifestações públicas que adotam como tática o bloqueio de grandes vias de transporte.
Reunindo vários milhares ou apenas um punhado de pessoas, grupos organizados em defesa de reivindicações as mais diversas arvoram-se no direito de interromper ruas, avenidas e estradas, de destruir meios de transporte e equipamentos públicos a eles relacionados. Violam, assim, o direito de um número sempre muito maior, milhões nos grandes centros urbanos, de se deslocarem a seus lares, a seus trabalhos, ao encontro de suas famílias, amigos, ou compromissos, quaisquer que sejam.
Mentes autoritárias, com profundo desprezo pelo direito alheio, terão sempre justificativas para essas ações na suposta justiça das causas que defendem ou na relevância das denúncias que propagam. As causas podem até ser justas, mas a alteração no tempo e na ordem da vida das pessoas não pode se tornar algo banal, corriqueiro. Um efeito dessa avalanche de manifestações que não titubeiam em afetar profundamente a vida das pessoas nas cidades é o descrédito e o desgaste de qualquer manifestação. Isso não é democracia, mas prepara sua destruição.
É hora de um BASTA! Exigimos do poder público que preserve o direito de ir e vir a todos aos cidadãos, não apenas aos grupos manifestantes. É deprimente e alarmante ter as forças da ordem pública assistindo passivamente ou mesmo contribuindo com o transtorno pelo bloqueio de grandes vias, preferencialmente nos horários de rush. É revoltante vermos multidões tentando chegar em suas casas ou a seus compromissos, imobilizados por horas, manietados, vítimas da passividade do poder público, acuados pela impunidade e eventual violência de manifestantes." - Excerto de manifesto publicado em 29/05/2014 por professores de diversas universidades federais e estaduais, tais como a USP, a UFRJ e a UFPR.


Read more: http://oglobo.globo.com/brasil/leia-integra-do-manifesto-que-defende-direito-de-ir-vir-da-populacao-12646694#ixzz3BbknI1


Texto II

A presidenta Dilma Rousseff anunciou hoje (2) o repasse de R$ 1 bilhão para investimentos em mobilidade urbana em Rio Branco, no Acre, Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, e quatro municípios do ABC Paulista. O anúncio foi feito em evento fechado à imprensa no Palácio do Planalto, e contou com a presença dos prefeitos das cidades selecionadas e do ministro das Cidades, Gilberto Occhi.
Os recursos fazem parte dos R$ 50 bilhões para mobilidade urbana anunciados após as manifestações de junho de 2013, que cobraram, entre outras coisas, melhoria no transporte público. Os investimentos vão financiar projetos selecionados pelo Pacto da Mobilidade Urbana para as cidades. - http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2014-07/governo-federal-repassa-r1-bi-para-obras-de-mobilidade-urbana-em-seis-cidades - 02/07/2014


Texto III



Com base nos texto lidos e no seu conhecimento de mundo, redija uma dissertação discutindo a questão da mobilidade urbana no Brasil. Obrigatoriamente, elenque problemas e avanços relacionados ao tema em questão. Não se esqueça de apresentar soluções para os problemas discutidos em seu texto, sem ferir os direitos humanos.